O equipamento traz inúmeros benefícios para dentista e paciente, como aumento de precisão na criação de próteses dentárias e rapidez na entrega
Parece um passe de mágica. Poucos minutos depois de deitar na cadeira do consultório odontológico, o paciente sai com sua arcada dentária perfeitamente escaneada. Na tela do computador, é possível ver uma imagem em 3D que mostra todos os detalhes dos dentes. Isso tudo sem dor e sem nenhum incômodo.
Esse procedimento só é possível com o uso do scanner intraoral. O equipamento de última geração e que promete revolucionar a odontologia mundial permite ao dentista conhecer cada centímetro da boca do paciente. Ainda pouco disponível na maioria dos consultórios do pais, o scanner já é usado no dia a dia da clínica do dr. José Luiz Feiten, em Itaipu, Niterói. Aumento da precisão para o planejamento do tratamento e para a criação de próteses dentárias são algumas das vantagens oferecidas pelo equipamento. Para se ter uma ideia, a criação de próteses que durava no mínimo quatro consultas, hoje é resolvido em duas.
“Conhecemos o scanner em um congresso na Alemanha e decidimos incorporá-lo aos nossos atendimentos. É um lançamento mundial, que nos permite agilidade e precisão na criação de próteses fixas, dentaduras e placas para bruxismo. A odontologia digital já é uma realidade”, resume o dr. José Luiz Feiten.
O funcionamento do scanner é bem simples: o equipamento captura as imagens da boca e transmite imediatamente a um software. No computador, o arquivo vai, aos poucos, ganhando forma e, em cerca de 15 minutos, está pronto. É uma alternativa prática e rápida à massa de moldagem, conhecida por provocar incômodo e náuseas aos pacientes.
A imagem, que pode ser apenas de um dente ou mesmo de toda a boca, é enviada a uma impressora 3D, que produz um protótipo de acordo com a necessidade de cada paciente. O dentista pode, então, testar o modelo no paciente para que depois seja produzida a prótese ideal. A precisão da nova prótese gira em torno de 100% e segue exatamente a arcada do paciente.
“Agora conseguimos projetar os dentes de forma digital. Depois que testamos nos pacientes, fazemos a cerâmica no nosso laboratório. A criação do dente ainda é um processo artesanal, mas ganha uma precisão muito maior”, explica o dr. Ido Feiten.
Outra vantagem é a criação de placas para bruxismo, que ficam prontas em cerca de três horas. O procedimento levava pelo menos dois dias. A técnica digital também é usada para a fabricação de aparelhos invisíveis.
“Para os pacientes, é mais interessante ainda, pois conseguimos, a partir da imagem 3D, mostrar a eles como o resultado vai ficar ”, complementa Ido.
Guardada nos arquivos do consultório, a imagem 3D da boca do paciente pode ser usada sempre que for preciso, como em casos de perda de dentes. Todo mundo sai ganhando.
Um estudo da Organização Mundial de Saúde afirma que quase metade da população mundial sofre de dor de cabeça pelo menos uma vez no período de um ano. O mesmo estudo afirma, ainda, que a cefaleia recorrente resulta em queda de qualidade de vida, prejudicando, inclusive, os relacionamentos pessoais de quem sofre da doença e até mesmo o lado financeiro. Para se ter uma ideia, no Reino Unido, cerca de 25 milhões de dias de trabalho/escola são perdidos por ano devido a casos de enxaqueca. Por outro lado, a doença é subestimada e, na maioria das vezes, não é tratada de forma correta.
De acordo com José Luiz Feiten, dentista e especialista em implantes e próteses, uma das causas da dor de cabeça constante está ligada ao desequilíbrio oclusal — isso significa dizer que os dentes e os movimentos da boca não estão em harmonia. Ele conta que oito em cada dez pacientes que chegam ao seu consultório reclamam de enxaqueca, que quando relacionada a problemas odontológicos pode vir acompanhada de outros sintomas, como dor na nuca ao acordar e/ou no fim da tarde, zumbido no ouvido e tonteira com frequência. Feiten explica que é simples descobrir se os dentes estão ou não alinhados de forma correta, basta fazer uma avaliação rápida dos movimentos oclusais.
— O que causa dor de cabeça é a desarmonia dos dentes. Se o equilíbrio oclusal estiver normal, o paciente não vai ter problema de nada. Para fazer uma avaliação dos movimentos, é preciso fazer uma montagem no articulador semi-ajustável (Geometric Dental Computer). Com isso, você coloca o paciente na relação cêntrica perfeita — afirma Feiten
Existem inúmeros motivos que podem levar ao desequilíbrio oclusal, relata o dentista. Um deles é o ranger dos dentes, conhecido como bruxismo, uma forma de desgastar algo que está fora da posição fisiológica da boca, como, por exemplo, uma obturação alta. Este movimento desloca, ainda, o músculo, causando estresse. Há, entretanto, casos em que a desarmonia dos dentes está relacionada à genética.
Qualquer que seja a causa, o tratamento envolve a colocação de uma placa para relaxar a musculatura e estabilizar a oclusão. É com esta placa que o sistema muscular vai conseguir sair do estresse e voltar a sua posição fisiológica, acabando com os sintomas de dor. Durante esta terapia, o dentista faz um ajuste na oclusão do paciente para equilibrar o contato dos dentes. O tratamento pode durar mais de um ano.
— Estamos tratando de pessoas doentes, não é um tratamento rápido. Um paciente com dor de cabeça constante é arredio, mal-humorado, mas depois do tratamento vira outra pessoa. Ele volta a ter vida social, volta a estar de bem com a vida — finaliza Feiten.
Uma pesquisa feita pela Associação da Indústria de Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo) estima que um terço dos 2,2 milhões dos implantes dentários realizados anualmente no país são fruto de produtos piratas, ou seja, sem certificação de órgão reguladores como a Anvisa. Os dados são de 2015 e foram obtidos a partir de uma comparação entre o número de procedimentos feitos e o de produtos vendidos legalmente, que não têm certificados. De acordo com o especialista em implantes e próteses, José Luiz Feiten, uma das características das peças falsificadas é que elas ficam frouxas e caem com facilidade, além de aumentarem a chance de infecções bucais e posteriores prejuízos financeiros.
Feiten explica o que geralmente ocorre: o material pirata é, na maioria das vezes,a peça que faz a conexão entre o implantee a boca. O uso de um elemento diferente do original gera uma folga entre as peças, onde as bactérias podem se acumular e causar as infecções.
— Ao serem fabricados, os implantes vêm com uma conexão que os liga a boca. A conexão pirata nada mais é do que uma peça que não se adapta aquele implante específico. O dentista compra uma conexão genérica e coloca lá. Mas não é tudo a mesma coisa! Isso vai causar o aumento da distância entre o implante e a peça e, consequentemente, haverá mais entrada de bactérias. Aí o paciente pode ter uma infecção e nem saber de onde está vindo — explica Feiten.
Segundo ele, é importantíssimo que o profissional use todos os componentes do implante de uma mesma marca. Em seu consultório em Itaipu, na Região Oceânica de Niterói, o especialista só utiliza produtos com certificação nacional, também reconhecidos pela Comunidade Européia e pelos Estados Unidos. Feiten afirma que este certificado é fundamental caso o paciente precise fazer algum tratamento no exterior. O dentista também aconselha seus pacientes a se informarem sobre o material usado durante todo o tratamento.
— Normalmente, o paciente não procura saber sobre o tipo de implante, de conexão feita e qual é a marca dos materiais. Mas é muito importante que ele tenha essa informação e guarde para a vida toda. Se trocar de dentista e tiver que trocar o implante, vai precisar dessa informação — garante.
O tratamento de implante é indicado para pacientes com perda de dentes e que querem voltar a mastigar normalmente, além de recuperar a estética. O implante faz, portanto, o papel da raiz do dente. Sem ele, é impossível sustentar a prótese que ali será adaptada. A cirurgia é feita com anestesia local e, em alguns casos, sedação. No consultório do doutor Feiten, o paciente já sai da clínica com dentes provisórios.
— O paciente chega sem dente e já sai do consultório com um sorriso perfeito, com um dente provisório. O pós-cirúrgico não tem dor nenhuma, mas ele vai precisar esperar de quatro a seis meses para ter o dente definitivo de porcelana, porque é preciso que o osso e o titânio colocado se integrem de forma total. Só depois disso, colocamos o definitivo — resume Feiten, que há 30 anos trata pacientes com necessidade de implantes e próteses.
O país tem 11% de sua população sem nenhum dente, o que corresponde a 16 milhões de pessoas desdentadas com mais de 18 anos.Os dados alarmantes sobre a saúde bucal do brasileiro fazem parte da Pesquisa Nacional de Saúde (PSN) feita pelo IBGE em convênio com o Ministério da Saúde em 2013, e divulgada em 2015. O percentual é ainda maior entre as mulheres. Indica que 13,3% das brasileiras são completamente desdentadas. Entre os homens, a porcentagem é de 8,4%.
A pesquisa, que é a única até o momento sobre os hábitos bucais dos brasileiros, revelou, ainda, que 55,6% dos entrevistados passaram mais de um ano sem procurar um profissional. Dentre os que buscaram atendimento, 74,3% foram a consultórios particulares. Apenas 19,6% da população foi às unidades básicas de saúde em busca de um dentista. Os números deixam evidente o descaso dos brasileiros com a higiene bucal, o que pode levar a perda total dos dentes.
Para prevenir a queda dos dentes, o dentista José Luiz Feiten, especialista em próteses e implantes, aconselha que a visita ao dentista seja feita pelo menos duas vezes por ano. Cinco minutos de escovação diária são suficientes para garantir uma saúde bucal. Durante a infância, a família é a maior responsável pela escovação. Mas há uma notícia boa para os 16 milhões de brasileiros que perderam seus dentes. É possível voltar a sorrir e, principalmente, a mastigar, garante Feiten, que, há 30 anos, se especializou em próteses e implantes justamente pelo fato de notar o problema em grande parte da população brasileira.
– Resolvi fazer dentaduras e próteses porque há muitos brasileiros desdentados totais. Sem falar nos desdentados parciais. É bastante comum uma pessoa chegar à fase idosa e já ter usado dezenas de dentaduras, que ficam frouxas e caem da boca. Muitos dentistas sequer sabem fazer dentaduras de qualidade, usam técnicas ultrapassadas. Hoje, com dois implantes é possível clipar uma dentadura, restabelecer o sorriso e recuperar a autoestima do paciente. A dentadura é algo muito social – resume ele.
Em sua clínica, localizada em Itaipu, na Região Oceânica de Niterói, ele e sua equipe moldam as bocas dos pacientes para confeccionar em seu próprio laboratório dentaduras e próteses em acrílico ou porcelana que conferem características perfeitas e reais de uma arcada dentária. Para atingir a cor ideal de cada paciente, um designer de sorrisos usa uma escala alemã de cores, que define as tonalidades da gengiva e do dente, além de sua translucidez. É um trabalho minucioso e feito com a mais alta tecnologia do setor. Depois de pronta a dentadura ou a prótese, é impossível notar que os dentes não são verdadeiros.